Restrições alimentares exageradas – quando o tratamento vira doença

Cuidado para não trocar de doença. Entenda como restrições alimentares podem provocar mais malefícios do que benefícios.

Quem leu o post sobre “alimentos proibidos” já entendeu um pouco minha opinião sobre o terrorismo nutricional generalizado e o excesso de restrições que algumas pessoas com sintomas gastrointestinais acabam sofrendo.

Esse assunto é importante pois vemos no dia a dia de consultório pacientes extremamente ansiosos e frustrados por não conseguirem comer quase nada  ou por não poderem comer por ordem de seu profissional da saúde.

“Corta o glúten, pare de beber leite e derivados, não coma carne” e outras regras genéricas são despejadas sem levar em conta um diagnóstico correto e características individuais. Isso acaba provocando uma rejeição a diversos alimentos que muitas vezes nem eram os causadores dos sintomas gastrointestinais e uma associação negativa entre emoções e comida. A pessoa cria uma relação muito ruim com a comida. E aí o que acontece: o coitado do alimento (que nunca foi o culpado) passa a de fato provocar sintomas (simplesmente por questões emocionais). Olha a confusão.

Esse comportamento é tão grave que em alguns casos pode provocar transtornos alimentares sérios. Um exemplo é o transtorno restritivo/evitativo (TARE), um distúrbio ainda pouco conhecido que pode levar a perda de peso, desnutrição, carências nutricionais, problemas sociais, ANSIEDADE, depressão…

Se o estômago dói, a barriga incha e o intestino solta quando come, procure um gastro e um nutricionista qualificados antes de qualquer mudança drástica na sua dieta. Alimentação é coisa séria e deve ser prazerosa, não uma penitência. Equilíbrio é tudo.

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